Não me resta nada, sinto não ter forças p'ra lutar
É como morrer de sede no mar e afogar
Sinto-me isolado com tanta gente à minha volta
Vocês não ouvem o grito da minha revolta
Choro a rir, isto é mais forte do que pensei
Por dentro sou mendigo que aparenta ser um rei
Não sei do que fujo, a esperança pouca me resta
É triste ser tão novo e já achar que a vida não presta
As pernas tremem, o tempo passa, sinto cansaço
O vento sopra, ao espelho vejo o fracasso
O dia amanhece, algo me diz para ter cuidado
Vagueio sem destino nem sei se estou acordado
O sorriso escasseia, hoje a tristeza é rainha
Não sei se alma existe, mas sei que alguém feriu a minha
Às vezes pense se algum dia serei feliz
Enquanto oiço uma voz dentro de mim que diz...
Etiquetas: desespero, esperança